A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) disponibiliza mensalmente informações sobre a utilização dos planos de saúde durante a pandemia da Covid-19. Entre os dados fornecidos, está a variação da base de beneficiários de planos de saúde, com detalhamentos da evolução do número de vínculos por tipo de contratação e por faixa etária.
Em setembro de 2020, de acordo com a ANS, foi confirmada a tendência de crescimento que vinha sendo verificada nos meses anteriores: o setor registrou 47.118.643 beneficiários em planos de assistência médica, um aumento de 0,4% no comparativo com o mês anterior e de 0,27% em relação ao mesmo período de 2019, atingindo o maior patamar do período em destaque na análise (desde janeiro de 2019).
Quando analisada a evolução no período de março a setembro de 2020, por tipo de contratação do plano, comparando com o mesmo período do ano passado, observou-se que os coletivos por adesão apresentaram crescimento de 1,01% em 2020; os planos individuais ou familiares registraram aumento de 0,05%; e os coletivos empresariais tiveram queda de 0,15%, no comparativo com o mesmo período de 2019.
Muitas clínicas médicas tiveram que reavaliar despesas com a queda no número de atendimentos a partir de março, início da quarentena. Foi nesse período que os agendamentos por plano de saúde representaram, para algumas empresas, uma forma de equilibrar o fluxo de caixa. Verificou-se uma tendência de interrupção dos agendamentos particulares, com beneficiários buscando especialistas na rede credenciada dos planos de saúde.
A telemedicina foi outra saída encontrada pelas operadoras para minimizar o risco de contágio nos pronto-atendimentos. Empresas do setor, inclusive, criaram campanhas estimulando as consultas virtuais para casos de baixa complexidade.
Nesse momento de pandemia, o credenciamento pode parecer uma opção financeiramente saudável para os médicos, embora não alcance todas as vantagens de se conquistar uma clientela que possa pagar integralmente pelas consultas. É indispensável que a clínica consiga equilibrar atendimentos particulares e por plano, via teleconsulta ou presencial, mantendo um bom rendimento. Como não existe uma fórmula única para todas as empresas médicas, esse cálculo deve considerar os números reais de cada espaço médico.
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