Lançada em março deste ano, a campanha “Saúde sem Fraude”, promovida pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), tem o objetivo de informar e orientar a sociedade sobre o bom uso dos planos de saúde e a importância do engajamento na prevenção e combate às fraudes. Dados de 2017 estimam que as operadoras gastem, por ano, R$ 28 bilhões para cobrir custos com procedimentos médicos desnecessários, desvios e irregularidades em contas hospitalares.
Uma das irregularidades apontadas pela FenaSaúde é o fracionamento de recibo, quando uma única consulta ou procedimento é realizado, mas emite-se mais de um recibo ou nota fiscal, com o objetivo de conseguir um reembolso total mais alto. Surge, portanto, a necessidade de informar o paciente sobre a impossibilidade dessa prática, caso seja solicitada.
Existe também a prática em que o beneficiário do plano não age com má-fé, mas acaba sendo orientado por empresas a fornecer login e senha de sua operadora, com a intenção de facilitar a solicitação do reembolso. Com posse desses dados, alerta a FenaSaúde, terceiros podem ter acesso a informações pessoais e utilizá-las de forma inadequada, por exemplo, para alterar a conta bancária vinculada ao reembolso ou para solicitar reembolso de procedimentos não realizados.
Outro problema apontado pela campanha é o chamado reembolso sem desembolso, em que o beneficiário é estimulado a realizar um atendimento fora da rede credenciada, sob a promessa de que não precisará fazer qualquer pagamento pela consulta ou procedimento. As operadoras reforçam que para reembolsar o serviço escolhido é necessário que os pacientes tenham pago previamente por ele.
É importante que o profissional da saúde esteja atento aos acordos firmados com as operadoras no momento de seu credenciamento, evitando práticas que possam causar prejuízos à saúde complementar e gerar consequências, como o descredenciamento do prestador de serviços e o cancelamento do plano do usuário.
Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas no perfil @fenasaude